Hoje é o primeiro dia do resto das vidas dos nossos 2 amigos e do nosso recém-chegado amiguinho. A partir de hoje nada mais será como antes, o que é de facto excelente, neste caso. O nosso recém-chegado amiguinho vê hoje materializado um dos direitos que a Convenção dos Direitos das Crianças (além de outros dispositivos legais) lhe consagra - o direito a ter uma família!
Em pleno século XXI, e engradecendo-me com esta família, entristece-me que os caminhos tortuosos da justiça de crianças em Portugal, continue a menorizá-las, concedendo direitos inquestionáveis aos progenitores. Fundamentando-se nas "afinidades de sangue", a justiça portuguesa deixa demasiadas vezes e por longo tempo estas crianças "à espera" de um projecto de vida, relegando para segundo plano o seu superior interesse em prol das prolongadas e duvidosas oportunidades aos progenitores. É urgente mudar de paradigma, refundando os laços entre crianças e adultos no afecto, permitindo-lhes uma vivência que, percebendo o ser criança e reconhecendo os seus direitos, torne o seu acolhimento institucional efectivamente temporário e preparatório para este direito a uma família de gestação de afecto.
Caucau
1 comentário:
Que a boa sorte continue para os três, já que de momento ela paira no ar... para os três!
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